Objectivos

Este blog tem o objectivo primário de ser um complemento à minha avaliação. Decidi portanto escolher um tema que falasse sobre diamantes e as mortes que deles derivam, para que desta forma os consumidores desta pedra preciosa sejam sensibilizados a saber se os diamantes que irão consumir são originários de zonas de conflito e assim evitar consumir os mesmos. Para todas as outras pessoas este blog tem o objectivo de as alertar para um problema que existe mas que muitas vezes não é devidamente referênciado, o que faz com que muitos de nós ainda estajamos na ignorância em relação a este assunto.







sábado, 13 de março de 2010

Angola - Guerra Civil

Depois do fim da guerra fria, no início dos anos de 1990, os oponentes, MPLA e UNITA, perderam seus financiadores internacionais União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS e EUA). É assim que o petróleo e os diamantes, principais recursos do país, passam a financiar os últimos 12 anos de guerra civil. O governo usou as divisas do petróleo e a UNITA as divisas advindas da venda ilegal de diamantes, retirados das suas áreas de domínio, principalmente no nordeste do país.

Em 1991, foi assinado o Acordo de Bicesse, em Portugal, que previa a realização de eleições livres e democráticas, que aconteceram em 1992, o então presidente José Eduardo dos Santos estava na frente com 49,57% dos votos o que significava a ida para o segundo turno. No entanto, receoso o líder da UNITA, Jonas Savimbi, alegou fraude nas eleições e se retirou da disputa reiniciando a guerra.

“... (a UNITA) refugiou-se no interior do país, onde deu curso a actos de violência contra as populações, à pilhagem de bens e à destruição de infra-estruturas, a um nível nunca antes atingido” afirma José Mena Abrantes no livro Angola em Paz (Maianga, 2005).

Em 1994, foi assinado o Protocolo de Lusaka (Zâmbia), em que a UNITA prometia entregar os campos de diamantes sob sua tutela e desarmar a guerrilha, enquanto o governo daria a vice-presidência ao seu líder. No entanto o acordo não foi cumprido reiniciando a guerra. Mais uma vez Jonas Savimbi não cumpriu as resoluções previstas nos acordos de paz realizados. Com as violações sucessivas dos acordos de paz pela UNITA e a clara intenção em promover o conflito armado o grupo foi perdendo apoio (inclusive de seus próprios membros que começaram a desertar) e aumentando seu isolamento internacional.

O governo de Angola tinha como política a reintegração de ex-militares da guerrilha e acenou com esta possibilidade também ao seu líder.

“Muitos foram os que acederam a este apelo e abandonaram as armas,
reintegrando-se harmoniosamente na vida nacional. Jonas Savimbi e um grupo de
radicais apoiantes das suas teses belicistas preferiram continuar um desesperado
combate por uma causa já sem qualquer sentido, enveredando por crescentes
práticas terroristas contra as populações civis e pela destruição de tudo o que
encontravam pela frente.” José Mena Abrantes (Maianga, 2005).

A guerra civil angolana durou 27 anos, terminando em 2002, com a morte em combate do líder da UNITA. Atualmente a UNITA está integrada plenamente à vida política do país e é um dos principais partidos políticos de Angola.

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