Objectivos

Este blog tem o objectivo primário de ser um complemento à minha avaliação. Decidi portanto escolher um tema que falasse sobre diamantes e as mortes que deles derivam, para que desta forma os consumidores desta pedra preciosa sejam sensibilizados a saber se os diamantes que irão consumir são originários de zonas de conflito e assim evitar consumir os mesmos. Para todas as outras pessoas este blog tem o objectivo de as alertar para um problema que existe mas que muitas vezes não é devidamente referênciado, o que faz com que muitos de nós ainda estajamos na ignorância em relação a este assunto.







terça-feira, 23 de março de 2010

Costa do Marfim

Localizada a oeste do continente africano, a Costa do Marfim faz fronteira com o Mali e Burkina Faso a norte; Gana a leste; Libéria e Guiné a oeste, e é banhada pelo Oceano Atlântico a sul.
O nome “Costa do Marfim” foi dado por franceses, devido ao grande número de elefantes que existia na região na época colonial.
O país obteve sua independência no dia 7 de Agosto de 1960. A Costa do Marfim é uma das nações mais prósperas do oeste africano, isso deve-se ao desenvolvimento agrícola, principalmente a produção de café e cacau (sendo este o maior produtor de cacau do mundo). Também se destaca a indústria alimentar, têxtil, a exploração de petróleo e gás natural, além da extração de diamantes.
Apesar de existir um esquema de certificação de diamantes internacional, chamado Processo de Kimberley, lançado em 2002, o conflito dos diamantes da Costa do Marfim encontrou um novo caminho através do Gana para o mercado internacional dos diamantes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_do_Marfim

segunda-feira, 15 de março de 2010

Angola

Angola é um país da costa ocidental da África, cujo território principal é limitado a norte pela República Democrática do Congo, e a leste pela Zâmbia. Angola é o segundo maior produtor de petróleo e exportador de diamantes da África Subsariana.
A economia de Angola caracterizava-se, até à década de 1970, por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguiam-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacavam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana era relativamente importante. Os maiores rebanhos eram de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro. Possui também jazidas de cobre, manganésio, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, no distrito de Lunda. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, e mais tarde ao largo da costa até Luanda, tornando Angola num dos importantes países produtores de petróleo, com um desenvolvimento económico possibilitado e dominado por esta actividade.

A riqueza diamantífera de Angola oferece um espantoso contraste com as condições de vida da população. É o terceiro maior produtor de diamantes do mundo, mas ocupa a 166ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2004, entre um total de 177 países avaliados. As maiores reservas, inclusive inexploradas, ficam na região das Lundas, no nordeste de Angola. São cerca de 180 mil km2 delimitados como Zona de Reserva Diamantífera, com mais de um milhão de habitantes.
No passado, as pedras brilhantes das Lundas entraram para o rol dos "diamantes de conflito", ou "diamantes de sangue", por financiarem a guerra civil, que durou 27 anos. Atualmente, o desafio é combater o contrabando, a corrupção e a violação dos direitos humanos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Angola
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252005000300011&script=sci_arttext

sábado, 13 de março de 2010

Angola - Guerra Civil

Depois do fim da guerra fria, no início dos anos de 1990, os oponentes, MPLA e UNITA, perderam seus financiadores internacionais União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS e EUA). É assim que o petróleo e os diamantes, principais recursos do país, passam a financiar os últimos 12 anos de guerra civil. O governo usou as divisas do petróleo e a UNITA as divisas advindas da venda ilegal de diamantes, retirados das suas áreas de domínio, principalmente no nordeste do país.

Em 1991, foi assinado o Acordo de Bicesse, em Portugal, que previa a realização de eleições livres e democráticas, que aconteceram em 1992, o então presidente José Eduardo dos Santos estava na frente com 49,57% dos votos o que significava a ida para o segundo turno. No entanto, receoso o líder da UNITA, Jonas Savimbi, alegou fraude nas eleições e se retirou da disputa reiniciando a guerra.

“... (a UNITA) refugiou-se no interior do país, onde deu curso a actos de violência contra as populações, à pilhagem de bens e à destruição de infra-estruturas, a um nível nunca antes atingido” afirma José Mena Abrantes no livro Angola em Paz (Maianga, 2005).

Em 1994, foi assinado o Protocolo de Lusaka (Zâmbia), em que a UNITA prometia entregar os campos de diamantes sob sua tutela e desarmar a guerrilha, enquanto o governo daria a vice-presidência ao seu líder. No entanto o acordo não foi cumprido reiniciando a guerra. Mais uma vez Jonas Savimbi não cumpriu as resoluções previstas nos acordos de paz realizados. Com as violações sucessivas dos acordos de paz pela UNITA e a clara intenção em promover o conflito armado o grupo foi perdendo apoio (inclusive de seus próprios membros que começaram a desertar) e aumentando seu isolamento internacional.

O governo de Angola tinha como política a reintegração de ex-militares da guerrilha e acenou com esta possibilidade também ao seu líder.

“Muitos foram os que acederam a este apelo e abandonaram as armas,
reintegrando-se harmoniosamente na vida nacional. Jonas Savimbi e um grupo de
radicais apoiantes das suas teses belicistas preferiram continuar um desesperado
combate por uma causa já sem qualquer sentido, enveredando por crescentes
práticas terroristas contra as populações civis e pela destruição de tudo o que
encontravam pela frente.” José Mena Abrantes (Maianga, 2005).

A guerra civil angolana durou 27 anos, terminando em 2002, com a morte em combate do líder da UNITA. Atualmente a UNITA está integrada plenamente à vida política do país e é um dos principais partidos políticos de Angola.

sexta-feira, 12 de março de 2010

África detém 60% do mercado mundial de diamantes

Segundo o jornal Sol, a cidade de Luanda assume-se como a capital africana dos diamantes com a constituição da Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA), que pretende dar ao continente uma voz activa na definição da estratégia mundial do sector.

A ideia da criação da ADPA foi lançada pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, no início deste ano, numa altura em que Angola inaugurou uma fábrica de lapidação e está a aumentar a sua produção diamantífera, num esforço para se assumir como um dos maiores produtores mundiais.
A produção de diamantes em Angola ultrapassou seis milhões de quilates em 2005, deve atingir 10 milhões no final deste ano e estima-se que suba para 19 milhões em 2009.

A posição de Angola no sector permitiu-lhe recolher rapidamente a concordância generalizada dos países africanos produtores para a criação de uma associação, que também vai englobar países que, apesar de não produzirem, mantêm uma relação estreita com o comércio de diamantes.
Por essa razão, a cerimónia de constituição da associação, que se realiza sábado em Luanda, contará com a presença de cerca de duas dezenas de países, entre os quais o Botsuana, que é o maior produtor mundial destas pedras preciosas.



A ADPA, que representa a maioria da produção diamantífera mundial, poderá desempenhar um papel importante na definição dos preços no mercado, tendo João Miranda admitido que a organização se deve «afirmar como um fórum de consulta sobre a forma como os países devem cooperar no mercado».
A associação surge numa altura em que o aumento da procura de diamantes na Índia e na China provocou uma subida de 12% no preço destas pedras preciosas no mercado internacional, o que demonstra a importância da concertação entre países produtores.
Por outro lado, a criação da ADPA permitirá que estes países se afirmem como uma «forma de pressão» sobre as empresas que comercializam diamantes, tendo em vista o combate ao tráfico ilegal, que continua a representar uma parte significativa do comércio neste sector.
«As grandes companhias consumidoras de diamantes compram sem qualquer pejo (diamantes ilegais), apesar das medidas de protecção que foram criadas» , denunciou o chefe da diplomacia angolana.
Recentemente, as Nações Unidas divulgaram um relatório onde se refere que diamantes oriundos da Costa do Marfim continuam a ser comercializados no mercado internacional, servindo como fonte de financiamento para as forças rebeldes.
Angola, que é actualmente o sexto maior produtor mundial de diamantes, também viveu este problema durante o conflito armado, quando as forças da UNITA ocuparam as principais zonas diamantíferas do país.
Para travar a venda dos denominados 'diamantes de sangue', foi lançado há cerca de quatro anos o Processo de Kimberley, que define regras para a certificação dos diamantes comercializados no circuito internacional, mas o problema ainda está longe de ser resolvido.
Numa tentativa de contribuir para inverter a situação, a APDA, apesar de se assumir como uma organização de países produtores, pretende trabalhar em conjunto com as principais empresas diamantíferas, tendo assegurado o envolvimento, entre outras, da De Beers, a multinacional sul-africana que domina o mercado mundial.
A ilicitude relacionada com os diamantes é sempre um aspecto clandestino do negócio e nenhuma empresa digna desse nome quer ser associada a essa imagem, prefere estar ligada à transparência, defendeu João Miranda, manifestando a convicção de que as empresas do sector não podem ficar indiferentes a esta questão.
Todas estas questões relativas à produção e comercialização de diamantes devem constar da Declaração de Luanda, que será aprovada sábado na reunião ministerial que formalizará a constituição da ADPA.
Os ministros dos países membros vão também aprovar os estatutos da associação, que terá como órgão máximo o Conselho de Ministros, cuja presidência será rotativa, apoiado no Comité de Peritos.
A gestão da organização será assegurada por um secretário executivo, um cargo profissionalizado cujo titular será escolhido pelos estados membros entre as várias opções que forem apresentadas.
A APDA terá como membros Angola, África do Sul, Argélia, Botsuana, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné Conacri, Lesoto, Libéria, Líbia, Mali, Mauritânia, Namíbia, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Tanzânia, Togo e Zimbabué.
A cerimónia de constituição formal da associação contará com a presença de uma delegação da União Africana.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Diamantes de Serra Leoa deixam rota de contrabando

Os diamantes de Serra Leoa deixaram de financiar atividades de grupos armados para fazer parte da rota legal do comércio internacional de pedras preciosas. A conclusão está na segunda edição da Revisão Anual sobre a Indústria de Diamantes de Serra Leoa editada pelas organizações Parceria África/Canadá (de Ottawa) e Rede Movimento pela Justiça e Desenvolvimento, de Freetown, capital de Serra Leoa.
O país, cujo nome já foi sinônimo de diamantes de guerra, vem aumentando a transparência das suas exportações mas, segundo o relatório, ainda tem um longo caminho a percorrer antes que os lucros com as pedras preciosas beneficiem toda a população.
As organizações reconhecem o esforço do Departamento do Ouro e Diamantes que avalia e tributa as pedras para exportação em dar ao negócio “transparência e profissionalismo sem precedentes em outras instituições do país”.
As exportações de diamantes pelo país quase duplicaram, passando de US$ 74 milhões em 2003 para US$ 126 milhões em 2004. O fato se deve, no entanto, mais a fatores externos - como o Processo Kimberly - que forçaram as vendas das pedras aos canais legais do que ao combate à extração ilegal e ao contrabando. Segundo o documento, algo entre US$ 30 milhões e US$ 170 milhões em pedras foi contrabandeado para fora do país no ano passado.
Até o fim da guerra civil, três anos atrás, o governo não lucrava praticamente nada com o comércio de diamantes. As pedras eram usadas para financiar a compra de armas e drogas usadas na guerra.
Outro fator que contribuiu para a legalização dos diamantes, foi o fechar da rota usada tradicionalmente para o contrabando das pedras através da fronteira com a Libéria após a queda do ex-presidente liberiano Charles Taylor.
Ainda segundo o documento, a população também foi beneficiada já que pôde retornar para o trabalho de extração sem ser ameaçada já que as principais reservas eram controladas pelas milícias armadas.
A extração artesanal da pedra bruta responde por 90% da produção nacional e é a segunda maior fonte de subsistência depois da agricultura familiar. Hoje, existem cerca de 120 mil pessoas a trabar nas minas fluviais – sendo dez mil crianças. Pouquíssimas, no entanto, enriquecem.
O comércio das pedras é controlado pela comunidade libanesa que vive no país e a extração das pedras brutas em locais profundos está nas mãos de apenas uma empresa. Mas o governo de Serra Leoa afirma que existem várias companhias internacionais a fazerem preparativos para operar no país.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Curiosidades

Novos tipos de diamantes encontrados em meteorito


Foram descobertos dois novos tipos de diamantes mais duros do que os que se formam na Terra. A equipa de investigadores achou este material no meteorito Haverö, que caiu na Finlândia há 39 anos. O estudo vai ser agora publicado na revista «Earht and Planetary Science Letters». Este achado acidental aconteceu quando a equipa, dirigida por Tristán Ferroir, da Universidade de Lyon (França), estava a polir o pedaço do meteorito com pasta de diamante. Durante o polimento do meteorito, os investigadores encontraram pontos carregados de carbono sobre a superfície. Estas zonas revelaram-se mais duras do que a pasta que estavam a utilizar. O investigador Changfeng Chen, da Universidade de Nevada (Las Vegas), explica, em declarações ao «Discovey Channel», que quando ocorre um impacto, as camadas de grafite dos asteróides podem formar zonas muito resistentes na superfície. O que aconteceu com o Haverö foi que as camadas de grafite devem ter aquecido o suficiente para criar laços entre elas, que é exactamente a fórmula que se utiliza para a fabricação de diamantes. A equipa analisou os cristais com instrumentos de alta precisão o que permitiu confirmar que se tinha encontrado um novo polimorfo de carbono, assim como um tipo de diamante que se procurava há décadas mas que nunca se tinha encontrado na natureza. Esta mostra é mais dura do que os diamantes regulares. No entanto, devido ao seu tamanho diminuto, não pode ser comparada aos diamantes ultra duros que se fabricam artificialmente. Ainda assim, os cientistas acreditam que a descoberta pode ajudar a criar diamantes artificiais ainda mais duros.

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39439&op=all

terça-feira, 9 de março de 2010

Dando seguimento às curiosidades este video é um videoclip de um cantor de rap chamado Kanye West e fala precisamente sobre diamantes de sangue.

Kanye West - Diamonds are Forever