Objectivos

Este blog tem o objectivo primário de ser um complemento à minha avaliação. Decidi portanto escolher um tema que falasse sobre diamantes e as mortes que deles derivam, para que desta forma os consumidores desta pedra preciosa sejam sensibilizados a saber se os diamantes que irão consumir são originários de zonas de conflito e assim evitar consumir os mesmos. Para todas as outras pessoas este blog tem o objectivo de as alertar para um problema que existe mas que muitas vezes não é devidamente referênciado, o que faz com que muitos de nós ainda estajamos na ignorância em relação a este assunto.







terça-feira, 6 de abril de 2010

Processo Kimberley

Estabelecido em 2002, o Processo Kimberley(PK) é uma iniciativa governamental, da indústria internacional de diamantes e da sociedade civil, apoiada pelas Nações Unidas, a fim de conter o fluxo internacional de “diamantes de conflito”. O Processo é um sistema inovador e voluntário que impõe extensas exigências aos participantes para certificar que os envios de diamantes brutos não contenham “diamantes de conflito”.

Os “diamantes de conflito” são diamantes brutos ilegalmente comercializados para financiar conflitos em zonas de guerra, particularmente na África central e oriental, em países como Angola, Costa do Marfim, República Democrática do Congo e Serra Leoa. Algumas vezes, esses diamantes são chamados “diamantes de sangue”.

A atenção do mundo se voltou para os “diamantes de conflito” durante os brutais conflitos em Serra Leoa, que se iniciaram no fim dos anos 90 e terminaram em 2002. Estima-se que durante aquele período, os “diamantes de conflito” representavam aproximadamente 4% da produção mundial de diamantes.

O Processo Kimberley reduziu o fluxo de “diamantes de conflito” consideravelmente para menos de 1% da produção global de diamantes. Os participantes do Processo Kimberley somam aproximadamente 99.8% da produção mundial de diamantes brutos. Como resultado, hoje, por meio de monitoramento e verificação da fonte, praticamente todos os fornecedores de diamantes do mundo estão em áreas livres de conflito.

Em Setembro de 2007, o PK contava com 48 membros, em representação de 74 países, sendo a Comunidade Europeia e os seus Estados-Membros considerados como uma entidade única.

http://www.kimberleyprocess.com/background/index_pt.html

Download do Documento (PK)
http://www.kimberleyprocess.com/download/getfile/731

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Liberia

A Libéria é um país da África Ocidental, limitado a norte pela Serra Leoa, a leste pela Costa do Marfim. A sua capital é a cidade de Monróvia. A economia da Libéria assenta na agricultura, sector do qual vive a maioria da população. Apesar de a maioria da população se empregar neste sector, a Libéria não é autossuficiente do ponto de vista alimentar.

Envolvimento com a Frente Revolucionária Unida (FRU)

A FRU controlava a maior parte das minas de diamantes localizadas na região Leste de Serra Leoa, obtendo lucros de milhões de dólares com a exportação ilegal, principalmente para a vizinha Libéria, liderada pelo ex-rebelde Charles Taylor. Aliás, o crescimento da FRU coincide com a ascensão de Taylor na Libéria, eleito em 1997. Ele e Sankoh eram velhos amigos, ambos estiveram em serviço militar na Líbia, iniciaram rebeliões contra os governos de seus países no final dos anos 80 e se ajudaram militarmente. O governo liberiano nunca confirmou o contrabando, mas, de acordo com dados do Higher Diamond Council, em Antuérpia (Bélgica), o valor das exportações de diamantes brutos de Serra Leoa caiu durante o contrabando de 66 milhões de dolares para 31 milhões em 1999, ao mesmo tempo que as exportações da Libéria que não produz diamantes aumentaram de 268 milhões de dolares para 298 milhões. Estudos indicaram que Serra Leoa perdeu anualmente entre 200 milhões de dolares a 300 milhões com o tráfico.

Guerra Civil

A guerra civil de 1989-2003 provocou a fuga do investimento estrangeiro e de empresários da Libéria, muitos dos quais são oriundos do Líbano e da Índia. Para além disso, as Nações Unidas decretaram o embargo dos diamantes e da madeira da Libéria. O bloqueio à exportação de madeira foi levantado pela ONU em Junho de 2006 e espera-se que seja feito o mesmo em relação aos diamantes. A guerra civil provocou também a destruição das infraestruturas do país. Atualmente o país sofre com índices altos de desemprego.
O novo governo da Libéria eleito em janeiro de 2006 pretende reconstruir a danificada economia nacional. Numa tentativa de se fomentar a transparência e a melhor aplicação do dinheiro público foi instituído no país o Governance and Economic Management Program (GEMAP) já durante o período do governo provisional de 2003-2006.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lib%C3%A9ria
http://diamantesafrica.blogspot.com/2009/04/exploracao-dos-diamantes-na-africa.html